MADRID (Reuters) - A Espanha disse nesta terça-feira que desmontou uma célula militante islâmica em seu enclave de Ceuta, no norte da África, que, segundo autoridades espanholas, estaria pronta para atacar ou a Espanha ou outros alvos na Europa.
Policiais prenderam dois supostos militantes como parte de uma operação de segurança maior que começou em janeiro, disse o Ministério do Interior.
"A célula neutralizada hoje, oposta a outras desmontadas, não segue o mesmo padrão de radicalismo, recrutamento e envio de ativistas para organizações jihadistas em zonas de conflito", disse o ministério em nota.
"Este grupo era claramente operacional e consistia de indivíduos que já eram radicalizados e preparados para um possível ataque, em nosso próprio país ou algum perto", acrescentou a nota.
Os dois homens suspeitos em Ceuta, na costa do Marrocos, eram um espanhol e um marroquino e foram presos como parte da mesma investigação policial que levou à prisão de quatro pessoas em janeiro, disse o ministério.
Os seis detidos em duas operações apresentaram perfis similares aos envolvidos nos ataques em Paris em 7 e 8 de janeiro, completou o ministério.
A Espanha realizou mais de 20 prisões de suspeitos de serem militantes islâmicos desde setembro.
Países ocidentais estão cada vez mais preocupados sobre o risco de jovens se tornarem radicais por militantes no norte africano e Oriente Médio e retornarem para casa para realizarem ataques.
(Reportagem de Paul Day)