Por Gina Cherelus e Barbara Goldberg
NOVA YORK (Reuters) - O grupo militante Estado Islâmico reivindicou responsabilidade, sem fornecer evidências, por um ataque com caminhonete que deixou oito mortos no início desta semana em Nova York, no mais letal ato suspeito de terrorismo a atingir a cidade desde 11 de setembro de 2001.
O agressor Sayfullo Saipov, de 29 anos, "é um dos soldados do califado", disse o grupo militante na quinta-feira, na edição semanal de seu jornal Al-Naba.
Saipov foi acusado na quarta-feira de agir apoiando o Estado Islâmico ao atropelar pedestres e ciclistas em uma popular ciclovia de Nova York, deixando 12 feridos, além das vítimas fatais.
De acordo com a queixa apresentada contra ele, Saipov disse aos investigadores que se inspirou assistindo vídeos de propaganda do Estado Islâmico em seu celular, que se sentia bem com o que havia feito e pediu permissão para exibir a bandeira do grupo militante em seu quarto no hospital Bellevue.
Saipov foi hospitalizado depois de ser baleado no abdômen por um policial no momento da prisão.
Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou seu pedido para que o imigrante do Uzbequistão receba a pena de morte.
Trump sugeriu na quarta-feira que Saipov fosse enviado à prisão militar de Guantánamo, onde suspeitos de terrorismo detidos no exterior são encarcerados, mas disse em seguida que isso seria muito complicado.
Na quinta-feira, Trump repetiu seu pedido para que o Congresso acabe com o Programa de Vistos de Diversidade, através do qual Saipov entrou nos Estados Unidos em 2010.
O programa de diversidade, transformado em lei em 1990 pelo então presidente George H.W. Bush, foi elaborado para fornecer mais vistos de residência permanente a cidadãos de países com baixa taxa de imigração para os EUA.
Uma das duas acusações que Saipov enfrenta, violência e destruição de veículo motorizado causando as mortes de oito pessoas, permite a pena de morte se o governo escolher aplicá-la, de acordo com o procurador interino norte-americano Joon Kim.