MOSUL/HILLA, Iraque (Reuters) - O Estado Islâmico atacou um posto de controle policial iraquiano perto da cidade de Najaf, no sul do país, neste domingo, matando sete policiais, ao mesmo tempo que forças do governo no norte tiveram mais ganhos contra os militantes em Mosul, o último grande reduto do grupo no Iraque.
O ataque em Najaf, que envolveu homens armados e uma ação suicida com carro-bomba, ocorre um dia após explosões em Bagdá que deixaram 29 pessoas mortas, em um alerta de que o Estado Islâmico continua capaz de operar longe de território sob o seu controle.
A retomada de Mosul poderia provavelmente colocar um fim ao autointitulado califado do grupo em áreas tomadas pelo EI em 2014, mas os militantes seriam ainda capazes de promover uma insurgência no estilo guerrilha no Iraque, além de planejar e inspirar ataques no Ocidente.
Desde que a ofensiva com o apoio dos Estados Unidos começou em 17 de outubro, forças de elite retomaram um quarto de Mosul na maior operação terrestre no Iraque desde a invasão liderada pelos EUA em 2003 que derrubou Saddam Hussein. O primeiro-ministro Haider al-Abadi tem dito que o grupo vai ser expulso do país até abril.
A segunda fase da campanha lançada na quinta-feira, depois de semanas de impasse, tem retirado o Estado Islâmico de várias outras áreas, apesar de uma forte resistência.
O quarto dia da ofensiva teve novos avanços nas frentes ao leste e sudeste.
Um comunicado militar disse que as forças antiterroristas retomaram parte do distrito de Karama.
Um policial federal afirmou que as forças iraquianas tomaram o controle quase total das áreas de Intisar e Siha e estavam agindo em Salam.
“Pelo quarto dia consecutivo, unidades da polícia federal apoiadas pelo Exército estão na ofensiva”, disse ele à Reuters.
Em Najaf, 500 km ao sul de Mosul, o ataque ocorreu quando dois veículos foram parados num posto policial na região de al-Qadisiya, segundo fontes policiais.
O motorista detonou uma carga de explosivos, e o segundo veículo fugiu. A polícia perseguiu e matou os dois militantes no veículo.
Em comunicado distribuído online, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque, que também deixou 17 pessoas feridas, entre elas civis. O grupo disse que quatro homens armados abriram fogo, antes de detonar vestes explosivas, e que então um quinto militante fez a ação com o carro-bomba.
Não foi possível verificar imediatamente esses relatos.
(Por Isabel Coles e Ali al-Rubaie)