Por David Alexander
WASHINGTON (Reuters) - Militantes do Estado Islâmico estão “determinados” no uso de armas químicas e devem recorrer a elas de novo à medida que forças iraquianas avançam em direção a Mosul, disse um porta-voz do Pentágono nesta segunda-feira, uma semana depois de um foguete com um possível agente químico ter caído perto de tropas norte-americanas.
O foguete disparado na terça-feira atingiu uma área despovoada perto da base Qayyara Oeste, a centenas metros de onde centenas de soldados norte-americanos trabalham para preparar um campo de aviação para uma ofensiva iraquiana para recapturar a cidade de Mosul. Ninguém ficou ferido no ataque.
O foguete testou inicialmente positivo para um agente mostarda, mas dois testes posteriores haviam sido inconclusivos, e o dispositivo está passando por novos exames, afirmou o capitão Jeff Davis, um porta-voz do Pentágono, a jornalistas.
"Reconhecemos plenamente que isso é algo que o Estado Islâmico havia feito antes. Eles fizeram isso várias vezes, pelo menos duas dezenas que nós sabemos, em que eles lançaram munição improvisada cheias desse agente mostarda”, declarou Davis.
Um ataque aéreo pela coalizão militar liderada pelos Estados Unidos destruiu uma fábrica de armas químicas do Estado Islâmico na sexta-feira, na segunda ação contra uma instalação de armas químicas neste mês.
Davis afirmou que a capacidade do Estado Islâmico para transformar agente mostarda em arma tem sido rudimentar. O grupo usa um pó químico misturado com óleo, que deixa um rastro de óleo.
"Geralmente não é em concentração letal. É mais um irritante do que qualquer outra coisa, mas, de novo, nada que vemos como militarmente significativo”, disse ele, notando que o gás de agente mostarda usado na Primeira Guerra Mundial era muito mais mortal.