🥇 Primeira regra do investimento? Saiba economizar! Até 55% de desconto no InvestingPro antes da BLACK FRIDAYGARANTA JÁ SUA OFERTA

ESTREIA-Curioso encontro entre Rei do Rock e polêmico ex-presidente dos EUA inspira hilário “Elvis & Nixon”

Publicado 15.06.2016, 18:46
© Reuters. Foto de divulgação do encontro entre o então presidente dos EUA, Richard Nixon, e o Rei do Rock, Elvis Presley, em dezembro de 1970, em Washington

SÃO PAULO (Reuters) - Kevin Spacey sentado na cadeira do Salão Oval da Casa Branca pode não ser novidade, pois muitos já estão acostumados a vê-lo assim na pele do manipulador Frank Underwood em “House of Cards”.

Trocando a série da Netflix pelo novo filme de Liza Johnson, “Elvis & Nixon”, o ator continua no mesmo cenário, mas interpretando um tipo totalmente diferente: um dos presidentes norte-americanos mais retratados no cinema, o icônico – pelo seu jeito caricato pelos escândalos de corrupção – Richard Nixon.

O curioso é que, após tantas representações, só agora lança-se luz sobre um dos episódios mais inusitados de seu governo, que foi o seu encontro com o Rei do Rock, Elvis Presley, registrado apenas por uma foto.

Justamente a imagem mais requisitada no Arquivo Nacional dos EUA inspira o surreal e hilário “Elvis & Nixon”, longa que se dedica a imaginar a preparação, negociação e o conteúdo de tão intrigante conversa, ocorrida às vésperas do Natal de 1970.

O período marcado pela contracultura e os hippies, protestos de jovens contra a Guerra do Vietnã e pela luta pela igualdade das mulheres, além da popularização das drogas, mostrava pela TV um EUA em colapso para Elvis Presley, que resolveu que deveria fazer algo por seu país.

Se os coloridos créditos iniciais, em conjunto com uma atenciosa direção de arte posta ao lado do suingue das músicas setentistas na trilha ajudam a ambientar a época, o figurino extravagante pontuava a fase mais exagerada da persona do Rei, vivido aqui por Michael Shannon, quando a abundância de anéis em seus dedos se igualava a suas obsessões, como a de se tornar um agente federal disfarçado para combater o narcotráfico doméstico.

A fim de ganhar o distintivo especial, ele parte para Washington com a intenção de oferecer apoio ao presidente na luta contra o comunismo, o grande temor de ambos.

Para a tarefa, Presley conta com a ajuda do amigo de infância e ex-assistente Jerry Schilling (Alex Pettyfer), um dos vários “braços direitos” na trama, a exemplo dos personagens de Colin Hanks, Evan Peters e Johnny Knoxville que também ganham destaque em suas resignadas ações para agradar aos desejos e egos de seus patrões.

A curiosidade sobre o evento tinha alcançado apenas a televisão - com o pseudodocumentário “Elvis Meets Nixon” (1997) e um episódio de “Drunk History” com Jack Black como o cantor -, mas foi para os cinemas só agora, com um estranho trio de roteiristas, formado pelo ator Joey Sagal, sua ex-mulher Hanala Sagal e Cary Elwes, o galã de “A Princesa Prometida” (1987).

Usando a imaginação para compor as lacunas deixadas pelos relatos das testemunhas, o roteiro não se apoia em sua trama simplória, e sim na força de seus diálogos, cheios de ironias, para quem sabe o mínimo da história de Elvis e seu vício em medicamentos, e de Nixon, único presidente norte-americano que renunciou após o escândalo do Watergate – por isso a referência ao “Todos os Homens do Presidente” (1976) na cena da garagem.

O encontro dos dois acontece somente no terceiro ato, porém o caminho até lá é envolvente e rápido o suficiente para fisgar o público - a produção tem 86 minutos. No entanto, o momento tão esperado inclui performances e frases tão impagáveis, como a afirmação de Elvis de que a Casa Branca parecia a sua mansão Graceland, que o espectador pode pergunta-se então o porquê da dupla não estar no foco do filme antes.

Nixon aparece muito menos em cena, mas Spacey chega impressionando pela humanidade dada à figura, além dos trejeitos e da voz que imita. Condutor da narrativa, Shannon supera a desconfiança inicial da visível ausência de semelhança física com o cantor apostando na força do subtexto em sua interpretação.

Essa é uma aposta antiga que Liza Johnson já havia aplicado em “Amores Inversos” (2013), e que a cineasta repete aqui, mesmo com personagens mais espalhafatosos. Sua direção discreta, que se atém aos atores, ainda assim revela cenas significativas, como quando filma através de um espelho a confissão de Elvis ao amigo sobre o fato de as pessoas olharem apenas a imagem que têm dele e ele próprio não enxergar mais a si mesmo.

© Reuters. Foto de divulgação do encontro entre o então presidente dos EUA, Richard Nixon, e o Rei do Rock, Elvis Presley, em dezembro de 1970, em Washington

São respiros de realidade em uma ótima história que parece surreal demais para ser verdade.

(Por Nayara Reynaud, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.