🥇 Primeira regra do investimento? Saiba economizar! Até 55% de desconto no InvestingPro antes da BLACK FRIDAYGARANTA JÁ SUA OFERTA

ESTREIA-“Victor Frankenstein” transforma clássico em mero festival de efeitos especiais

Publicado 25.11.2015, 15:54
© Reuters. Atores Radcliffe e McAvoy, de "Victor Frankenstein", na Comic-Con 2015, em San Diego

SÃO PAULO (Reuters) - A primeira frase dita em "Victor Frankenstein", a mais recente e desnecessária adaptação do clássico gótico de Mary Shelley, é: "Vocês já conhecem a história". E sim, realmente a conhecemos.

Mas o diretor Paul McGuigan e o roteirista Max Landis tentam subvertê-la, o que talvez seja o menor dos problemas. Eles partem da ideia inicial, do cientista brilhante e louco, e adicionam uma dezena de clichês antigos (já perpetuados nas diversas versões cinematográficas) e outros novos, como uma subtrama romântica e uma dose de psicologismo barato.

O revisionismo introduz uma leitura século 21 ao original do século 19, pautando-o por um "bromance" entre o dr. Victor Frankenstein (James McAvoy) e Igor (Daniel Radcliffe), seu assistente brilhante, que é um corcunda de circo quando se conhecem, ao salvar a vida de uma trapezista (Jessica Brown Findlay), por quem o rapaz é apaixonado, mas ignorado por causa de sua aparência.

Percebendo o potencial do jovem para a ciência, Frankenstein salva sua vida, levando-o para morar e trabalhar com ele, curando sua corcunda –era apenas um abcesso gigantesco– e melhorando sua aparência com banho, uma navalha e tiras de couro que o ajudam em sua postura. Acolhendo-o em sua casa, um galpão onde realiza suas experiências, espera contar com Igor para sua grande criação, ressuscitar os mortos.

Obviamente, há todas as implicações éticas e religiosas comuns à trama, mas elas são meras desculpas para a participação de um detetive da Scotland Yard (Andrew Scott), cuja função é alongar o filme, chegando a inexplicáveis 109 minutos. A direção de arte recria uma Londres visivelmente artificial, tanto quanto a insistente trilha sonora de Craig Armstrong, que não dá um respiro para o filme, cuja leitura século 21 mostra-se demais para o clássico – algo parecido com o que Guy Ritchie fez com Sherlock Holmes.

© Reuters. Atores Radcliffe e McAvoy, de "Victor Frankenstein", na Comic-Con 2015, em San Diego

Radcliffe, a cada filme, se esforça para deixar para trás Harry Potter, seu personagem mais famoso, mas sua limitada habilidade dramática, aqui, esbarra em McAvoy – que tem um personagem mais interessante, além de mais talento. Já o clímax, envolvendo a famosa criatura, é uma festa de efeitos especiais que em nada contribuem, fazendo de "Victor Frankenstein" um filme B, com orçamento e sem humor.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.