GENEBRA (Reuters) - O etíope Tedros Adhano Ghebreyesus venceu nesta terça-feira a disputa para ser o próximo líder da Organização Mundial da Saúde (OMS), se tornando o primeiro africano a chefiar a agência da Organização das Nações Unidas, sediada em Genebra.
O ex-ministro da Saúde e ministro das Relações Exteriores, que prometeu tornar a assistência médica universal sua prioridade, venceu com mais da metade dos votos dos 189 Estados membros no primeiro turno e prevaleceu no terceiro turno contra o britânico David Nabarro.
“É um dia de vitória para a Etiópia e para a África”, disse em Genebra o embaixador da Etiópia na ONU, Negash Kebret Botora.
Tedros, como é amplamente conhecido, disse a ministros da Saúde em assembleia anual da OMS após sua eleição: “Todos os caminhos levam à cobertura universal. Isto será minha prioridade central”.
“No momento, somente cerca de metade das pessoas do mundo tem acesso a assistência médica sem empobrecimento. Isto precisa melhorar dramaticamente”, acrescentou.
Seis candidatos buscaram assumir a chefia da OMS, que tem objetivo de combater surtos de doenças e enfermidades crônicas.
A OMS disse que Tedros liderou um “esforço de reforma abrangente” do sistema de saúde da Etiópia, criando centros de saúde e empregos.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), a aliança de vacinas Gavi, o secretário dos Serviços Humanos e de Saúde dos EUA, Tom Price, e a Federação Internacional de Fabricantes Farmacêuticos deram boas-vindas à nomeação de Tedros.