WASHINGTON (Reuters) - Dois meses depois da descoberta de que informações pessoais sensíveis de 21,5 milhões de norte-americanos foram comprometidas num ataque de hackers a um banco de dados do governo, nenhum dos afetados foi oficialmente notificado, disseram autoridades nesta terça-feira.
Funcionários de várias agências, familiarizados com uma investigação sobre a violação, disseram que o Escritório de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês), que supervisionava os dados, está trabalhando com outros órgãos para estabelecer um sistema para informar as vítimas.
Uma autoridade do OPM, que não quis ser identificada, disse que, devido à natureza complexa dos dados e ao fato de que autoridades do governo e prestadores de serviços muitas vezes se movem entre diferentes agências, pode levar semanas até que um mecanismo seja implantado.
A autoridade afirmou que o governo está tentando estabelecer um sistema centralizado, em vez de deixar a notificação a cargo de órgãos distintos. O OPM deve contratar uma empresa terceirizada, mas ainda não abriu uma licitação.
A chefe do OPM, Katherine Archuleta, renunciou na sexta-feira após ser duramente criticada no Congresso sobre a violação de segurança, que foi divulgada em maio, e outra invasão anterior ao OPM que foi revelada em abril. Autoridades do governo suspeitam que hackers chineses foram os responsáveis.
A invasão mais ampla descoberta em maio e anunciada publicamente na semana passada envolveu informações pessoais muito mais sensíveis que o OPM mantinha para investigações de antecedentes de segurança de antigos, atuais e futuros funcionários federais e terceirizados.
(Reportagem de Mark Hosenball)