Por Daphne Psaledakis e Dave Sherwood
WASHINGTON/HAVANA (Reuters) - Os Estados Unidos começaram nesta quarta-feira a suspender algumas restrições a remessas e viagens para Cuba, impostas durante o governo Trump, mesmo enquanto se defende de críticas por impedir a ilha comunista e adversária de longa data de participar de uma cúpula regional nesta semana.
Uma autoridade do Departamento de Tesouro afirmou que a publicação das novas regras foi alinhada de propósito com a Cúpula das Américas, que os EUA sediarão em Los Angeles.
A cúpula foi inicialmente concebida como uma plataforma para exibir a liderança dos EUA e seu apoio à América Latina. Mas esse objetivo foi parcialmente minado por um boicote de alguns líderes regionais, incomodados com a decisão de Washington de excluir Cuba, Venezuela e Nicarágua.
Washington disse que tem preocupações com violações de direitos humanos e falta de democracia nessas três nações.
As mudanças de regras relacionadas à Cuba nesta semana permitem que cidadãos norte-americanos voltem a ir a Cuba em viagens educacionais organizadas por empresas ou organizações baseadas nos EUA e para reuniões e conferências profissionais.
O governo cubano aprovou as mudanças, mas disse que elas não chegam ao ponto de suspender o embargo da era da Guerra Fria imposto pelos Estados Unidos, o qual o país responsabiliza pela crise econômica da ilha.
(Reportagem de Daphne Psaledakis em Washington e Dave Sherwood em Havana)