Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Os militares dos Estados Unidos disseram nesta sexta-feira que planejam avançar com a instalação do sistema antimísseis THAAD na Coreia do Sul, separando entre esse assunto e a crise política em Seul, onde a presidente Park Geun-hye foi removida do cargo nesta sexta-feira.
Os EUA começaram a implantar os primeiros componentes do seu avançado sistema antimísseis na Coreia do Sul na terça-feira, em resposta aos testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte.
Candidatos cotados para substituir Park têm se mostrado divididos em relação ao THAAD. Um candidato opositor proeminente defendeu uma revisão do tema, enquanto outro afirmou recentemente à imprensa chinesa que a instalação do THAAD deveria ser cancelada.
O capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono, descreveu o THAAD como algo que já havia sido decidido pelos dois países e que era totalmente justificado diante da ameaça norte-coreana. Ele não quis comentar a situação política em Seul.
"Líderes mudam com o tempo. Isso não é novo”, afirmou ele à imprensa. “Fizemos um acordo com a República da Coreia de que essa era a capacidade que eles precisavam. Isso é algo necessário militarmente. O acordo foi firmado, e nós continuamos comprometidos a cumpri-lo.”
Perguntado se os EUA continuariam a enviar componentes do THAAD para a Coreia do Sul, Davis disse: “Sim”.