Por David Brunnstrom e Daphne Psaledakis
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira que o aumento rápido das forças nucleares da China é preocupante, e pediu ao governo de Pequim que participe de "medidas práticas para reduzir os riscos de corridas armamentistas desestabilizantes".
A expansão do arsenal se tornou mais difícil de esconder para a China e parece desviar de décadas de estratégia nuclear fundamentada na dissuasão mínima, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Ned Price em um pronunciamento regular à imprensa.
Price respondia a uma pergunta sobre reportagem publicada no jornal Washington Post de que a China havia começado a construir mais de 100 novos depósitos de mísseis em uma área desértica na parte ocidental do país.
"Essas informações e outros desenvolvimentos sugerem que o arsenal nuclear da RPC irá crescer mais rapidamente, e a um nível mais alto do que era esperado anteriormente", disse Price, utilizando acrônimo para República Popular da China.
"Essa expansão é preocupante. Levanta questões sobre as intenções da RPC. E para nós, reforça a importância de buscar medidas práticas para reduzir riscos nucleares", afirmou.
"Encorajamos Pequim a participar conosco de medidas práticas para reduzir os riscos de corridas armamentistas desestabilizantes - e potencialmente tensões desestabilizantes."
Price acrescentou que era por isso que o presidente norte-americano, Joe Biden, havia priorizado a estabilidade estratégica em seu engajamento com o presidente russo, Vladimir Putin, e acrescentou: "O mesmo raciocínio se aplica nas relações com outra potência nuclear, a República Popular da China".