Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Washington está avaliando como irá reagir a um teste de míssil balístico do Irã que violou as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), disseram autoridades de alto escalão dos Estados Unidos nesta quinta-feira, e há senadores fazendo pressão por uma resposta contundente.
"Neste momento estamos analisando ativamente as consequências apropriadas a este lançamento de outubro", declarou Stephen Mull, principal coordenador da implementação de um acordo nuclear com o Irã no Departamento de Estado, em uma audiência de um comitê do Senado.
Quase todos os parlamentares republicanos, assim como vários colegas democratas do presidente dos EUA, Barack Obama, se opuseram ao pacto nuclear anunciado em julho, conforme o qual Teerã acordou com potências mundiais a redução de seu programa atômico em troca de um alívio nas sanções econômicas.
Os temores a respeito do acordo nos EUA se intensificaram desde o teste de foguete iraniano no dia 10 de outubro e de outros eventos vistos como hostis, incluindo a condenação do repórter Jason Rezaian, do jornal Washington Post, que está detido pelo governo do Irã há mais de 500 dias.
Muitos parlamentares criticaram o governo Obama pelo que consideram uma resposta inadequada a Teerã. O irmão de Rezaian compareceu à audiência desta quinta-feira.
"Uma área na qual todos concordamos é a necessidade de ser duro com qualquer ação desestabilizadora ou ilegal do Irã. Tendo isso em vista, acho que o acordo teve um começo realmente terrível", disse o senador republicano Bob Corker, que preside o Comitê de Relações Exteriores do Senado.