Por Daphne Psaledakis
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos colocaram nesta quarta-feira autoridades iranianas, incluindo responsáveis pela prisão de Evin, em Teerã, sob novas sanções devido à censura na internet e repressão a protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini sob custódia policial no Irã.
As sanções, que marcam 40 dias desde a morte de Amini, são a mais recente rodada imposta por Washington ao Irã pela repressão aos protestos, enquanto os Estados Unidos buscam aumentar a pressão sobre Teerã.
"Continuaremos a encontrar maneiras de apoiar o povo do Irã enquanto eles protestam pacificamente em defesa de seus direitos humanos e liberdades fundamentais e, ao fazê-lo, continuaremos a impor custos a indivíduos e entidades no Irã que se envolvem na repressão brutal ao povo iraniano", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em um comunicado.
O Departamento do Tesouro dos EUA, em comunicado separado, disse que impôs sanções a funcionários do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), incluindo o comandante de sua organização de inteligência, bem como funcionários de prisões provinciais e iranianas e pessoas e entidades ligadas à censura na internet.
A ação desta quarta-feira tem como alvo Hedayat Farzadi, que o Tesouro norte-americano acusou de operar a prisão de Evin como seu diretor. A prisão mantém principalmente prisioneiros políticos, e Washington diz que vários manifestantes foram enviados para lá, onde afirma que foram submetidos a tortura.
Diretores de várias outras prisões no Irã também foram punidos, assim como diretores-gerais de prisões em províncias como o Curdistão.
A missão do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
(Reportagem de Daphne Psaledakis, Tim Ahmann e Rami Ayyub)