Por Letitia Stein e Peter Eisler
ORLANDO, Estados Unidos (Reuters) - Autoridades norte-americanas estão investigando relatos de que o homem que matou 49 pessoas em uma boate gay em Orlando podia ser homossexual, mas não abertamente, disseram duas autoridades nesta terça-feira, com uma delas descrevendo o massacre como um possível "crime de auto-ódio".
Omar Mateen foi morto a tiros por policiais que invadiram o clube noturno Pulse de Orlando na madrugada de domingo, pondo fim a um cerco de três horas iniciado quando o atirador entrou na boate e abriu fogo com uma arma de mão e um rifle semi-automático AR-15.
Existem diversas possibilidades de motivações. Durante a ação, Mateen fez uma séria de chamadas para o número 911, o canal de emergência nos Estados Unidos, durante as quais jurou lealdade ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, cujo grupo ocupa vastas porções do Iraque e da Síria.
Agentes federais disseram que Mateen provavelmente se radicalizou sem orientação externa e que não há evidências que recebeu instrução ou auxílio de grupos externos, como o Estado Islâmico. Mateen, de 29 anos, cidadão norte-americano, nasceu em Nova York, filho de pais imigrantes afegãos.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descreveu o ataque como um caso de "extremismo cultivado em casa". Ele também descreveu como um ato terrorista e um crime de ódio.
O ataque a tiros foi o mais mortal na história moderna dos EUA e o pior ataque contra a comunidade LGBT.