Por Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira que irá revisar os arquivos relativos aos ataques de 11 de setembro de 2001, após pedidos para que o presidente norte-americano, Joe Biden, não participe das homenagens a não ser que ele libere documentos que as famílias dizem quem mostram que líderes da Arábia Saudita apoiaram os ataques.
"Meu governo está comprometido em garantir o máximo grau de transparência de acordo com a lei", afirmou Biden em nota. "Eu saúdo o decreto do Departamento de Justiça de hoje, que se compromete a conduzir uma nova revisão dos documentos aos quais o governo anteriormente garantiu privilégios, fazendo isso o mais rápido possível."
Os familiares das vítimas dos ataques de Nova York e Washington, que mataram quase 3 mil pessoas, fizeram um apelo a Biden em uma carta publicada na última sexta-feira conforme se aproxima o aniversário de 20 anos da tragédia.
A Arábia Saudita já disse que não teve participação nos ataques realizados com sequestros de aeronaves. A embaixada saudita em Washington não respondeu imediatamente a um pedido por comentários na segunda-feira.
O gabinete da Procuradora Federal Audrey Strauss em Manhattan disse na segunda-feira que o FBI "decidiu revisar" afirmações anteriores que haviam sido feitas sobre a impossibilidade de publicação de algumas informações solicitadas pelas famílias.
Procuradores disseram que o FBI havia decidido revisar afirmações anteriores que havia feito sobre o sigilo de documentos para "identificar informações adicionais apropriadas para publicação" e acrescentou que "irá procurar tais informações da maneira mais célere quanto for possível".
(Reportagem de Mark Hosenball, reportagem adicional de Tim Ahmann, Jan Wolfe e David Brunnstrom)