Por Gabriel Crossley e David Brunnstrom e Michael Martina
PEQUIM/WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira que a China use sua influência com a Rússia para pedir uma solução diplomática para a crise na Ucrânia, mas especialistas em política duvidam que Pequim apoie Washington no impasse.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e Pequim disse que deseja que todos os lados permaneçam calmos e "se abstenham de fazer coisas que agitem as tensões e aumentem a crise".
Blinken enfatizou que as tensões devem ser reduzidas e alertou sobre os riscos econômicos e de segurança de qualquer agressão russa, disse o Departamento de Estado.
A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, afirmou que as mensagens dos EUA para Pequim foram muito claras.
"Estamos pedindo a Pequim que use sua influência com Moscou para incentivar a diplomacia, porque se houver um conflito na Ucrânia também não será bom para a China", disse Nuland a jornalistas no Departamento de Estado. "Haverá um impacto significativo na economia global. Haverá um impacto significativo na esfera energética."
O embaixador da China na ONU, Zhang Jun, disse que uma "trégua olímpica" para os Jogos de Inverno de Pequim, que começam em 4 de fevereiro, começará em 28 de janeiro.
"Vamos aproveitar esta oportunidade para promover a paz, solidariedade, cooperação e outros valores comuns compartilhados por toda a humanidade, para tornar nosso mundo um lugar melhor", tuitou Zhang.