Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos intimaram o líder norte-coreano, Kim Jong Un, nesta sexta-feira a cumprir sua promessa de abdicar de suas armas nucleares e disseram que o mundo, incluindo a China e a Rússia, deve continuar a aplicar sanções até que ele o faça.
Depois de falarem ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, desencorajaram o relaxamento das sanções a Pyongyang depois que Moscou e Pequim sugeriram que o conselho poderia debater tal medida.
O Conselho de Segurança da ONU vem aprovando reforços nas sanções de forma unânime desde 2006 com a meta de cortar as fontes de financiamento dos programas nuclear e de mísseis balísticos norte-coreanos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte se encontraram pela primeira vez em Cingapura no mês passado, e na sequência Pompeo teve conversas inconclusivas com Pyongyang neste mês. Ele reiterou nesta sexta-feira que fez progresso.
"O presidente Kim fez uma promessa... de que estava preparado para desnuclearizar. A amplitude e a escala disso foram combinados. Os norte-coreanos entendem o que isso significa", disse Pompeo aos repórteres. "Precisamos conseguir que o presidente Kim faça o que prometeu ao mundo que faria".
Pompeo também pediu o fim das violações das sanções, e Nikki disse que a melhor maneira de apoiar as conversas entre os EUA e a Coreia do Norte é aplicando, não amenizando, sanções.
"Não podemos fazer coisa nenhuma até vermos a Coreia do Norte reagir à sua promessa de se desnuclearizar. Temos que ver algum tipo de ação", afirmou ela aos repórteres.
Na semana passada Washington se queixou ao comitê de sanções do Conselho de Segurança que até 30 de maio Pyongyang havia realizado 89 transferências ilegais de derivados de petróleo refinado entre navios só neste ano, violando um limite imposto por sanções da ONU.
Os EUA pediram ao comitê que ordene a suspensão de exportações de petróleo refinado para a Coreia do Norte, mas a China e a Rússia colocaram o pedido em "suspenso" na quinta-feira e pediram mais detalhes da acusação norte-americana.