Por Gabriel Stargardter
KINGSTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão mais perto de decidir sobre se impõem ou não sanções sobre petróleo da Venezuela, disse nesta quarta-feira o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, no final de uma viagem por cinco países da América Latina, na qual discutiu a ação com líderes regionais.
Tillerson afirmou que Canadá, México e Estados Unidos haviam concordado em um encontro trilateral na semana passada em estudar o que pode ser feito para mitigar o impacto de tal ação. Tillerson disse que informou o presidente Donald Trump sobre o desenvolvimento.
"Ele disse ‘eu sei que você não foi a favor disto no passado’, e eu disse ‘então, eu acho que as coisas mudaram’. Então nós vamos levar isto a ele e deixá-lo tomar a decisão”, disse Tillerson em voo à Jamaica, última parada de sua viagem.
“Nós vamos organizar um grupo de trabalhos muito pequeno, muito focado, para ver o que podemos fazer para mitigar uma decisão como esta se formos tomá-la. Obviamente será o presidente que irá decidir”, disse Tillerson, que foi chefe-executivo da Exxon Mobil Corp (NYSE:XOM) antes de se juntar ao governo.
Em Buenos Aires na semana passada, Tillerson disse que os EUA estavam considerando restringir importações de petróleo da Venezuela e exportações de produtos norte-americanos refinados de petróleo para a Venezuela, para aumentar pressão sobre o presidente socialista Nicolás Maduro por conta de suas restrições à oposição política.
estrições sobre o importante setor petroleiro da Venezuela representariam um aumento na pressão financeira sobre o país membro da Opep, que tem sido atingido por intensa escassez de alimentos e remédios. Sanções até o momento focaram em membros individuais do governo de Maduro e uma proibição de compra de nova dívida venezuelana.