JERUSALÉM (Reuters) - Os israelenses comemoram neste sábado a liberação de quatro militares mulheres israelenses que tinham se tornado reféns na Faixa de Gaza nos últimos 15 meses, com cenas de júbilo em Tel Aviv, onde multidões se juntaram em uma praça pública para assistir à liberação ao vivo em telões.
A liberação de Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, todas de 20 anos, e Liri Albag, de 19, era muito aguardada por suas famílias, depois que o grupo militante palestino Hamas disse na sexta-feira quem seriam as reféns soltas.
Três outros reféns foram libertados na semana anterior, como parte de um plano complexo e multifásico de cessar-fogo entre Israel e Hamas, que inclui a liberação de centenas de prisioneiros palestinos.
Na casa da família Gilboa, em Petah Tikva, próxima a Tel Aviv, a irmã de Daniela, que tem 15 anos, afirmou que a família nunca perdeu a esperança.
“Permanecemos otimistas e fizemos tudo para vê-la aqui de volta, pelo seu retorno”, afirmou Noam Gilboa, depois de ver imagens da soltura dela pela televisão. “Uau! Eu imaginei ela totalmente deferente. Me trouxe de volta todas as emoções que tive no último ano.”
Gilboa, Ariev, Levy e Albag foram sequestradas durante o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, quando cerca de 1.200 pessoas morreram e outras 250 foram levadas como reféns, de acordo com autoridades israelenses. Mais de 100 foram soltas em novembro de 2023, durante uma trégua de uma semana entre os dois lados.
Em mensagem publicada neste sábado, o presidente israelense, Isaac Herzog, escreveu que “toda uma nação chora e se alegra com vocês neste momento”.
O setor militar israelense publicou vídeos de momentos emotivos em que as reféns se reencontram com suas famílias. Em um deles, a mãe de Liri diz a ela: “Você é uma heroína, você está em casa. É isso”.
A médica Lena Koren Feldman, do Rabin Medical Centre, disse que a avaliação inicial das reféns é de condição médica estável.
Uma autoridade do Ministério da Saúde afirmou que a liberação das reféns “foi emocional e medicamente complexa para as que retornavam para suas famílias, para as famílias de todos os reféns”.
Ruhama Albag descreveu um sentimento de "alegria inacreditável" com a libertação de sua sobrinha, Liri, que trouxe imenso alívio e felicidade à família.
"Ela está linda, cheia de energia, cheia de vitalidade, acenando, em paz consigo mesma", disse Ruhama. “Não descansaremos até que todos (os reféns) estejam de volta. Este momento não podemos descrever, é pura alegria.”
Ainda há mais de 80 reféns na Faixa de Gaza.
(Reportagem de Yigal Elimelech, Michal Yaakov Itzhaki e Miro Maman)