AMSTERDÃ (Reuters) - Chegue pra lá, FBI: a Europa agora tem sua própria lista de "mais procurados", incluindo os militantes islâmicos suspeitos pelos atentados em Paris ainda à solta.
As agências de polícia europeias apresentaram a lista nesta sexta-feira em um site abrigado pela Europol, a polícia da Europa, como parte de um esforço para aumentar o compartilhamento de informações sobre criminosos através das fronteiras, após o ataque do Estado Islâmico na capital francesa em novembro de 2015.
O site, que desperta comparações com os tradicionais pôsteres de "mais procurados" da Polícia Federal norte-americana (FBI, na sigla em inglês), traz fotos e descrições de fugitivos condenados ou suspeitos de terem cometido crimes graves.
As forças policiais nacionais de países europeus selecionam suspeitos para a lista quando acreditam que torná-los conhecidos no exterior pode ajudar em sua captura.
"Estamos convencidos de que pelo menos algumas destas pessoas estão se escondendo em um país diferente daquele em que cometeram crimes", disse a porta-voz da Europol, Tine Hollevoet. A maioria das nações da União Europeia faz parte do Espaço Schengen, a zona de livre circulação do bloco.
Entre os 45 suspeitos atualmente no site estão Salah Abdelslam e Mohammed Abrini, ambos ligados aos ataques em Paris, que mataram 130 pessoas, e à vizinha Bélgica, onde moravam.
(Por Toby Sterling)