Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Europa apelou para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira para que apoie seu plano para conter o fluxo de imigrantes que cruzam o Mediterrâneo, o qual busca desmantelar organizações de tráfico de pessoas e destruir suas embarcações - embora não através de bombas.
Líderes da União Europeia concordaram, no mês passado, em "identificar, capturar e destruir embarcações antes que sejam utilizadas por traficantes", mas ainda não está claro como isso poderia ser alcançado. O bloco europeu, de 28 países, quer autorização da ONU para suas operações.
"Ninguém está pensando em bombardear (embarcações). Estou falando de uma operação naval", disse a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, após falar com o Conselho de Segurança. Ela afirmou que ministros do exterior da Europa se reuniriam em 18 de maio para discutir e estabelecer detalhes da operação.
Os membros europeus do Conselho de Segurança - Grã-Bretanha, França, Lituânia e Espanha - estão elaborando uma resolução para aprovar a operação europeia sob o Capítulo 7 da Carta da ONU, que permite o uso da força, disseram diplomatas.
A resolução autorizaria a UE a intervir em alto mar, em águas de território líbio e em áreas costeiras da Líbia. O texto preliminar deve ser analisado pelo Conselho de Segurança, composto de 15 membros, nos próximos dias, disseram diplomatas.
A Rússia disse que quaisquer planos para destruir barcos utilizados por traficantes seria ir "longe demais". Mas Mogherini descreveu suas discussões com os membros do conselho como positiva, e afirmou estar "bem confiante" que uma resolução seria adotada.