BERLIM (Reuters) - Europeus veem o grupo militante Estado Islâmico como a maior ameaça que os seus países enfrentam, maior que mudanças climáticas, instabilidade econômica e refugiados, mostrou uma pesquisa do Pew Research Center nesta segunda-feira.
Entrevistados em nove dos dez países europeus pesquisados afirmaram que viam o Estado Islâmico como o maior perigo, com 93 por cento dos espanhóis e 91 por cento dos franceses descrevendo o grupo como uma “ameaça principal”.
A maior parte das pesquisas foi realizada em abril, um mês depois de militantes leais ao Estado Islâmico terem matado 32 pessoas no aeroporto e metrô de Bruxelas. O relatório do Pew foi publicado um dia depois de um homem armado que se disse seguidor do grupo ter matado 49 pessoas numa boate em Orlando, no ataque do tipo com mais mortos na história dos Estados Unidos.
A Grécia, que enfrenta dificuldades para retomar o crescimento depois de quase sete anos de recessão, foi o único país em que os entrevistados não apontaram o Estado Islâmico como a principal ameaça. Para 95 por cento dos gregos a instabilidade econômica global representava o maio risco para o país.
Maiorias relevantes em todos os dez países listaram as mudanças climáticas globais com uma importante ameaça, mas a pesquisa mostrou divisões em relação a refugiados.
Na Polônia, 73 por cento dos entrevistados disseram que a chegada de grande número de refugiados de países em guerra, como a Síria e o Iraque, era uma grande ameaça, a mesma porcentagem que indicou o Estado Islâmico como um dos perigos principais.
Em comparação, somente 31 por cento dos alemães e 24 por cento dos suecos afirmaram ver refugiados como uma ameaça importante, apesar desses dois países terem aceito grande número de migrantes.
(Reportagem de Noah Barkin)