LONDRES (Reuters) - Um ex-fuzileiro da Marinha Real Britânica possivelmente se tornou o primeiro britânico a ser morto lutando contra militantes do Estado Islâmico na Síria, disseram sua família e um parlamentar da Grã-Bretanha, nesta quarta-feira.
Erik Scurfield, de 25 anos, foi para a Síria em iniciativa própria como cidadão e morreu após ser atingido por um tiro de morteiro na segunda-feira, quando lutava com as forças curdas YPG contra os militantes do Estado Islâmico, perto de Tal Hamis, no nordeste da Síria, disse à Reuters uma fonte curda ligada aos combatentes YPG.
"Nós estamos devastados de confirmar a morte de nosso filho Konstandinos Erik Scurfield na Síria onde foi para apoiar as forças opostas ao Estado Islâmico", disse sua família em comunicado.
O parlamentar britânico Dan Jarvis disse que a família, de Barnsley, no norte da Inglaterra, foi até ele semanas atrás com preocupações sobre o filho.
"Erik era um ex-fuzileiro naval experiente que estava horrorizado pelas atrocidades do Estado Islâmico", disse Jarvis em nota. "O que sua família sabia era que ele viajou para a Síria com esperança de providenciar suporte médico e humanitário como um especialista em medicina no campo de batalha.
O escritório britânico do Exterior reiterou seu alerta à britânicos para não viajarem para a região.
"Existe um problema que precisa ser revisado, já que Erik certamente não foi a primeira pessoa a viajar para Síria para juntar forças contra o Estado Islâmico", disse Jarvis.
A Grã-Bretanha estima que 600 muçulmanos britânicos viajaram para a região para se juntar ao conflito, incluindo Mohammed Emwazi, revelado na última semana como o militante mascarado "Jihadi John", que apareceu em vídeos do Estado Islâmico decapitando reféns.
(Reportagem de Michael Holden e Ruairidh Villar)