Por Daniela Desantis
ASSUNÇÃO (Reuters) - O paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol envolvido no escândalo de subornos da Fifa, deverá cumprir prisão domiciliar em seu país enquanto a Justiça aguarda um pedido de extradição para os Estados Unidos, disse nesta segunda-feira o juiz da causa.
Leoz, que esteve à frente da poderosa Confederação Sul-Americana de Futebol durante 27 anos e foi membro do Comitê Executivo da Fifa por mais de uma década, está entre os principais acusados na investigação da Justiça norte-americana contra autoridades do futebol mundial.
Os Estados Unidos solicitaram na semana passada sua prisão com o objetivo de extradição por acusações de corrupção.
O juiz Humberto Otazú disse que não decretou a prisão preventiva do ex-dirigente porque as leis paraguaias proíbem aplicar tal medida a pessoas maiores de 70 anos. Leoz, de 86 anos, encontra-se em uma clínica de Assunção, da qual é proprietário, desde que o escândalo estourou.
"Atendendo à seriedade do caso, a formulação já exposta pelo governo requerente, este juizado considerou prudente e oportuno decretar a prisão domiciliar", afirmou Otazú a jornalistas.
Com a medida determinada pelo magistrado nesta segunda, corre o prazo de 60 dias para que o país norte-americano apresente o pedido de extradição. O Paraguai pode aprovar ou rejeitar a extradição.