MONTEVIDÉU (Reuters) - Cinco dos seis ex-presos de Guantánamo refugiados no Uruguai assinaram nesta terça-feira um acordo com o governo no qual se comprometeram a aprender espanhol e trabalhar em troca de apoio econômico por pelo menos um ano. Eles também encerraram uma manifestação em frente à embaixada dos Estados Unidos.
O documento, com vigência até fevereiro de 2016 com opção de renovação por mais um ano após avaliação, estipula um pagamento mensal de 15 mil pesos uruguaios (ou 566 dólares) para cada um, mais aluguel de uma casa e assistência médica.
"Estão assinando uma carta de compromisso, não um contrato, onde constam tanto os direitos como as obrigações", disse à Reuters Christian Adel Mirza, uma espécie de mediador entre o governo e os refugiados que esteve à frente das negociações.
Os sírios Ahmed Adnan Ahjam, Ali Hussein Muhammed Shaaban e Abd Al Hadi Omar Mahmoud Faraj, além do palestino Mohammed Tahanmatan e do tunisiano Abdul Bin Mohammed Abis Ourgy, concordaram com as condições, mas o sírio Jihad Deyab se absteve por não ter a intenção de ficar no país.
No início do processo, os ex-presos da penintenciária militar norte-americana pediram algumas alterações no acordo, que finalmente foi assinado em árabe e em espanhol para não dar abertura a dúvidas.
Eles chegaram ao país sul-americano no começo de dezembro, depois de um período de 13 anos de reclusão em Guantánamo.