Por Brendam Pierson
NOVA YORK (Reuters) - Michael Cohen, ex-advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a um acordo com procuradores federais para se declarar culpado sobre violações de financiamento de campanha, fraude bancária e evasão fiscal, informou a mídia nesta terça-feira, citando fontes não identificadas.
Cohen, de 51 anos, se entregou ao FBI, disse a CNN. Ele deve comparecer ao tribunal federal em Nova York às 17h (horário de Brasília), afirmou um funcionário da corte à Reuters.
Lanny Davis, um advogado de Cohen, não quis comentar. Cohen e outro de seus advogados, Guy Petrillo, não responderam de imediato a pedidos de comentário.
A investigação está sendo conduzida pelo escritório do procurador Geoffrey Berman, de Manhattan. Um porta-voz não respondeu de imediato a pedidos de comentário.
Em abril agentes federais confiscaram documentos e arquivos de Cohen graças a uma recomendação do escritório de Robert Mueller, procurador especial que analisa uma possível coordenação entre a campanha presidencial de 2016 de Trump e a Rússia.
Cohen fez parte do círculo íntimo de Trump durante mais de uma década, trabalhando como seu advogado pessoal na Organização Trump e continuando a aconselhar o presidente após a eleição. Cohen disse uma vez que "levaria um tiro" por Trump, mas o relacionamento entre os dois se desgastou desde a operação de abril do FBI no escritório, no quarto de hotel e na casa de Cohen.
No domingo o jornal New York Times noticiou que procuradores federais estão analisando mais de 20 milhões de dólares de empréstimos obtidos por Cohen de serviços de táxi que ele e a família possuem para saber se ele cometeu fraude bancária e tributária e por possíveis violações de regras de campanha ligadas a um pagamento de 130 mil dólares à atriz pornô Stormy Daniels.