Por Sarah N. Lynch e Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - Um ex-assessor sênior da equipe de campanha do presidente Donald Trump, Sam Clovis, buscou se distanciar nesta terça-feira de George Papadopoulos, um ex-assessor da campanha que se declarou culpado na investigação sobre envolvimento russo na eleição norte-americana de 2016.
Papadopoulos se declarou culpado neste mês por mentir para agentes do FBI sobre seus negócios com russos, incluindo um encontro em abril de 2016 no qual lhe foi dito que os russos possuíam “sujeira” sobre a candidata democrata Hillary Clinton que envolvia “milhares de e-mails”.
Procuradores da equipe do conselheiro especial Robert Mueller disseram em registros do tribunal que Papadopoulos teve conversas e trocas de e-mails com um “supervisor da campanha” não nomeado sobre esforços para melhorar as relações entre EUA e Rússia ao marcar encontros entre autoridades seniores da campanha e autoridades russas.
De acordo com estes registros, o supervisor da campanha comunicou para Papadopoulos em discussão em 6 de março de 2016 que “um foco principal de política externa da campanha é uma relação melhorada dos EUA com a Rússia”.
Uma fonte familiar à investigação disse que Clovis era o supervisor da campanha relatado nos registros do tribunal.
Victoria Toensing, advogada de Clovis, não contestou isto, mas acrescentou que seu cliente nunca disse que melhorar relações entre EUA e Rússia era um “foco principal de política externa” porque isto não era sua visão sobre prioridades de Trump.
Mueller está liderando uma investigação sobre supostos esforços russos para inclinar a eleição a favor de Trump e sobre possível conluio de assessores de Trump.
A Rússia nega as acusações e Trump nega qualquer conluio.