Por Karen Freifeld
NOVA YORK (Reuters) - Um executivo sênior de longa data da empresa familiar de Donald Trump se declarou culpado nesta quinta-feira por ajudar a arquitetar uma fraude fiscal de 15 anos, em um acordo que exigirá que ele deponha sobre as práticas comerciais da companhia.
Allen Weisselberg, ex-diretor financeiro da Trump Organization, se declarou culpado de todas as 15 acusações que enfrentava em um tribunal estadual de Nova York em Manhattan perante o juiz Juan Merchan.
Embora Weisselberg, de 75 anos, não deva cooperar com os promotores de Manhattan em uma investigação maior sobre o próprio Trump, sua confissão provavelmente fortalecerá o caso contra a Trump Organization.
O julgamento está marcado para outubro, e a Trump Organization se declarou inocente. Donald Trump não foi acusado de irregularidades.
Em um comunicado, uma porta-voz da Trump Organization chamou Weisselberg de "homem bom e honrado" que foi "assediado, perseguido e ameaçado pela aplicação da lei, particularmente pela promotoria distrital de Manhattan, em sua busca sem fim e politicamente motivada para atingir o presidente Trump".
Os promotores acusaram a empresa e Weisselberg em julho de 2021 de esquema de fraude, fraude fiscal e falsificação de registros comerciais.
Weisselberg foi acusado de ocultar e evitar impostos sobre 1,76 milhão de dólares em renda.
O acordo de confissão exige que Weisselberg cumpra cinco meses na prisão de Rikers Island, embora ele possa ser libertado após 100 dias.
A sentença proposta a Weisselberg também inclui cinco anos de liberdade condicional e exige que ele pague 1,99 milhão de dólares em impostos, multas e juros.
Trump enfrenta muitas outras batalhas legais.
Na semana passada, agentes do FBI revistaram a casa do ex-presidente dos Estados Unidos em busca de documentos confidenciais e outros de seu período no cargo.
(Reportagem de Karen Freifeld em Nova York)