DUBAI (Reuters) - A Arábia Saudita executou pelo menos 151 pessoas neste ano, o maior nível desde 1995 e muito acima do valor anual dos últimos anos em que raramente o número excedeu 90, denunciou a Anistia Internacional nesta segunda-feira.
Ninguém no Ministério da Justiça da Arábia Saudita estava imediatamente disponível para comentar o aumento do número de execuções, mas diplomatas especulam que pode ser porque mais juízes foram nomeados, permitindo que mais recursos sejam analisados.
Analistas políticos dizem que isso também pode refletir uma resposta difícil às guerras e à turbulência política na região.
O reino está entre os cinco países com maiores índices de execução de pessoas, dizem grupos de direitos humanos. O país ficou em terceiro lugar em 2014, depois da China e do Irã, e à frente do Iraque e dos Estados Unidos, de acordo com dados da Anistia Internacional.
Os mesmos cinco países executaram a maioria dos presos nos primeiros seis meses de 2015, disse a Anistia em julho.
A última vez que a Arábia Saudita executou mais de 150 pessoas em um único ano foi em 1992, quando 192 execuções foram registradas, de acordo com o comunicado da Anistia.
(Reportagem de William Maclean)