BEIRUTE (Reuters) - A Frente Nusra, afiliada à Al Qaeda na Síria, anunciou nesta quinta-feira a morte do seu principal comandante militar que, segundo fontes insurgentes, foi vítima de uma explosão que tinha como alvo uma reunião de alto nível.
O comandante militar Abu Humam al-Shami, um veterano dos combates no Afeganistão, Iraque e Síria, é a mais importante autoridade da Frente Nusra a ser morta na guerra síria, disse uma fonte insurgente.
Fontes disseram que um ataque aéreo da coalizão liderada pelos Estados Unidos atingiu a reunião na província de Idlib, no noroeste do país, mas um porta-voz da coalizão disse que a aliança não conduziu ataques aéreos na província nas últimas 24 horas.
As fontes disseram que pelo menos três outros comandantes da Frente Nusra foram mortos na explosão que, segundo elas, atingiu a cidade de Salqin, perto da fronteira com a Turquia.
Insurgentes sírios já mataram no passado membros de grupos militantes rivais ao plantar bombas em reuniões. A explosão acontece num momento de fluxo para a Frente Nusra, que está em guerra contra outros grupos insurgentes e também à procura de apoio de países do Golfo, disseram fontes do grupo.
"A nação islâmica está sangrando por causa da notícia do martírio do comandante Abu Humam", afirmou a Frente Nusra no Twitter.
"É um grande golpe para a Nusra. Um golpe muito poderoso, muito doloroso", disse uma fonte rebelde que não quis ser identificada por não ter autorização para falar à imprensa.
Os Estados Unidos têm realizado ataques contra um dos rivais da Frente Nusra, o Estado Islâmico, no Iraque desde julho e na Síria desde setembro. O país também tem como alvo combatentes da Nusra na Síria.
(Reportagem de Mariam Karouny, em Beirute; de Ahmed Tolba, no Cairo; e de Phil Stewart, em Washington)