ROMA (Reuters) - O ex-presidente italiano, Giorgio Napolitano, que já foi comunista e ajudou seu país a navegar uma crise da dívida em 2011, morreu nesta sexta-feira aos 98 anos.
Condolências chegaram do gabinete da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, outros políticos e do Vaticano, entre outros.
“Recordo com gratidão as reuniões pessoais que tive com ele, durante as quais apreciei sua humanidade e visão em fazer escolhas importantes com retidão, especialmente em momentos delicados para a vida do país”, escreveu o papa Francisco em um telegrama de condolências à esposa de Napolitano, Clio Bittoni.
A presidência italiana é geralmente cerimonial, mas Napolitano usou seus poderes no fim de 2011 para evitar uma crise ao nomear o ex-tecnocrata da Comissão Europeia, Mario Monti, para liderar o governo, após a renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, em uma disputa por cortes de gastos.
Dois anos depois, quebrou outro impasse ao instalar uma grande coalizão sob o comando do político de centro-esquerda Enrico Letta, após uma eleição parlamentar inconclusiva.
Napolitano assumiu o cargo de presidente em 2006 e foi eleito para um inédito segundo mandato de sete anos em 2013. Renunciou em 2015, citando sua idade.
Durante a carreira política iniciada na década de 1950, foi eleito para os parlamentos italiano e europeu e serviu como ministro do Interior e presidente da casa baixa do parlamento.
(Reportagem de Angelo Amante)