SEUL (Reuters) - O ex-presidente sul-coreano Lee Myung-bak foi interrogado nesta quarta-feira para responder alegações de que recebeu subornos quando estava no cargo, depois de meses de investigações sobre sua família e conhecidos derivadas das acusações de corrupção.
Lee abriu caminho entre as centenas de repórteres que aguardavam diante da Procuradoria-Geral para lhe fazer perguntas a respeito do escândalo de corrupção de alto escalão mais recente a abalar o país.
"Estou diante de vocês hoje com um coração trágico. Ofereço minhas desculpas mais sinceras ao povo por causar preocupações em um momento no qual a economia está em dificuldades e a situação na península coreana é grave", disse Lee.
"Tenho muito a dizer como ex-presidente, mas estou sempre dizendo a mim mesmo que deveria evitar dizer muito", acrescentou.
Lee enfrenta quase 20 acusações, e a procuradoria acredita que ele recebeu dinheiro ilegalmente de uma série de instituições e indivíduos, incluindo o Serviço Nacional de Inteligência do país e o Grupo Samsung.
No mês passado, os procuradores pediram uma pena de 30 anos de prisão para a ex-presidente Park Geun-hye, a sucessora de Lee, que sofreu um impeachment no ano passado devido a um escândalo de tráfico de influência e está sendo julgada por acusações de aceitação de suborno, abuso de poder e coerção.