BERLIM (Reuters) - As famílias de 18 estudantes e professores que morreram na queda de um voo da empresa aérea Germanwings exigiram desculpas do diretor-executivo da Lufthansa, dizendo que seus filhos ainda poderiam estar vivos se os médicos da companhia tivessem prestado mais atenção à saúde do copiloto.
Os alunos e seus professores voltavam para a Alemanha após um intercâmbio na Espanha quando o voo de Barcelona a Duesseldorf foi derrubado deliberadamente pelo copiloto Andreas Lubitz no dia 24 de março.
Em uma carta emotiva ao CEO da Lufthansa , controladora da Germanwings, os familiares disseram que o diretor-executivo Carsten Spohr não conversou com eles pessoalmente nem pediu desculpas pelo acidente, no qual as 150 pessoas a bordo morreram.
"Você se fez presente para seus clientes, mas não para nós", escreveram as famílias na carta, divulgada publicamente por seu advogado. Eles afirmaram querer um pedido de desculpas pelo fato de os médicos da Lufthansa não terem dado a devida atenção ao período anterior de depressão de Lubitz e por a empresa não ter implementado o regulamento que exige a presença de duas pessoas na cabine de comando antes da queda.
Uma supervisão maior dos pilotos e a exigência de dois tripulantes na cabine o tempo todo estavam entre as recomendações emitidas na semana passada por uma força-tarefa europeia criada após a tragédia.
O porta-voz da Lufthansa disse que Spohr falou com muitos familiares, que se responsabilizou totalmente e se desculpou pelo sofrimento das famílias. Cartas de condolências assinadas também foram enviadas, afirmou.
(Por Victoria Bryan e Klaus Lauer)