BOGOTÁ (Reuters) - O grupo rebelde colombiano Farc disse que seu cessar-fogo unilateral de três meses, declarado em meio a negociações de paz com o governo para dar fim a 51 anos de guerra, pode estar ameaçado pelo aumento das ações militares contra seus combatentes.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que vêm negociando com o governo há três anos, disseram em comunicado que a continuidade de operações militares como a da semana passada, que matou quatro rebeldes, ameaçam tornar o cessar-fogo unilateral insustentável.
O atual cessar-fogo é um de vários declarados pelas Farc durante as discussões. Uma interrupção de cinco meses das ações dos rebeldes terminou em abril quando a Farc matou 11 soldados na província rural de Cauca, no oeste do país.
O ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, disse na noite de sábado que, embora as Farc tenham interrompido ataques contra tropas militares desde o início do cessar-fogo em 20 de julho, elas não interromperam ofensivas contra a população civil.
"A Farc respeitou de maneira aceitável o cessar-fogo, mas não respeitou o fim das hostilidades contra a população civil", disse Villegas. "Eles continuam extorquindo, promovendo atividades de mineração ilegal, plantando minas terrestres.