MELBOURNE (Reuters) - Roger Federer pediu por fatos "concretos", enquanto Novak Djokovic disse que sua equipe uma vez recebeu uma oferta de 200 mil dólares para manipular o resultado de uma partida, à medida que diversos campeões de Grand Slams reagiram nesta segunda-feira às acusações de várias manipulações de resultados no tênis.
O primeiro dia do Aberto da Austrália foi ofuscado por relatos na BBC e do site BuzzFeed News, que acusam dirigentes do tênis de falharem em lidar com 16 jogadores repetidamente apontados pela Unidade de Integridade do Tênis (TIU, na sigla em inglês), organização criada para investigação de fraudes no esporte, como suspeitos de manipulação de resultados.
Federer e Djokovic, atual campeão do Aberto da Austrália, não tiveram problemas com suas partidas em Melbourne, mas receberam perguntas inevitáveis sobre a história que abala o esporte.
"Gostaria de ouvir os nomes", disse Federer, de 34 anos, a repórteres quando indagado sobre as acusações de que campeões de Grand Slams estavam entre os jogadores envolvidos e que oito deles estão jogando o Aberto da Austrália.
"Gostaria muito de ouvir os nomes. Porque então é algo concreto e podemos realmente debater sobre isto", disse. "Foi o jogador? Foi o time de apoio? Quem foi? Foi antes? Foram jogadores de duplas ou de simples? Em qual Slam?".
Federer, o jogador de maior sucesso de todos os tempos, com 17 títulos de Grand Slams, disse que o caso é "muito grave" para o esporte, mas disse que ficaria surpreso caso jogadores de alto nível estejam envolvidos.
O número um do mundo, Djokovic, disse duvidar que manipulações aconteçam nos altos escalões do esporte, mas disse que sua equipe recebeu uma proposta em 2007.
"Fui abordado através de pessoas que trabalhavam comigo", disse a repórteres. "É claro que logo descartamos. Nem chegou a mim."
"Do meu conhecimento e informação sobre manipulação de partidas, não há nada acontecendo nos níveis mais altos, até onde sei."
"Em nível de Challengers, talvez, talvez não. Mas não tenho o direito de realmente falar sobre isso. Eu posso dar a minha opinião."
(Reportagem de Martyn Herman)