NOVA YORK (Reuters) - A Fifa contratou um ex-procurador nova-iorquino para representá-la no caso no qual dirigentes da entidade máxima do futebol mundial enfrentam acusações de suborno e corrupção em um tribunal dos Estados Unidos, disse uma pessoa familiarizada com o tema.
William Burck, sócio do escritório de advocacia Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan, foi contratado no mês passado, segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato.
Em 27 de maio, autoridades dos Estados Unidos anunciaram o indiciamento de nove dirigentes atuais e antigos da Fifa e de cinco executivos corporativos por administrarem um empreendimento criminoso que envolveu mais de 150 milhões de dólares em propinas ao longo de 24 anos. Cada um deles pode contratar seu próprio advogado.
A Fifa, como organização, não foi acusada de nenhum delito. Por e-mail, a entidade confirmou que a Quinn Emanuel é seu escritório de advocacia.
Burck foi procurador-geral-assistente no início de sua carreira em Manhattan. Ele ajudou a processar Martha Stewart, apresentadora de televisão norte-americana e dona de um império de decoração de interiores, por mentir a investigadores sobre a venda de ações da farmacêutica ImClone Systems. Ele também atuou como vice-conselheiro da Casa Branca durante o governo do presidente George W. Bush.
Como advogado particular, teve clientes como Kim Dotcom, espalhafatoso milionário alemão conhecido por ter fundado o site Megaupload e que luta contra uma extradição da Nova Zelândia para os Estados Unidos em função das acusações de ter auxiliado a pirataria de larga escala de filmes e músicas protegidos por direitos autorais.
(Por David Ingram, Nate Raymond e Katharina Bart) 2015-06-05T201711Z_1006920001_LYNXMPEB540YO_RTROPTP_1_ESPORTES-FUT-EXPROCURADOR-INVESTIGA.JPG