Por Mike Collett
LONDRES (Reuters) - A Fifa emitiu nesta quinta-feira o que equivale a uma repreensão ao técnico do Chelsea, José Mourinho, em meio a relatos de que o treinador baniu a principal médica do time, a doutora Eva Carneiro, após tratamento de um jogador contundido em uma partida do Campeonato Inglês.
O professor Jiri Dvorak, principal autoridade médica da Fifa, disse que os técnicos não têm o direito de dizer às suas equipes médicas se devem ou não entrar em campo para tratar de um jogador, e que em última análise o médico é responsável pelo que acontece no gramado.
Carneiro e o fisioterapeuta do Chelsea, Jon Fearn, entraram para cuidar de Eden Hazard nos acréscimos do jogo contra o Swansea City no sábado.
Mourinho ficou furioso com o fato de o jogador ter sido retirado para tratamento enquanto o Chelsea estava com 10 homens em campo devido a um cartão vermelho.
Embora o árbitro e Hazard tenham chamado a médica, mais tarde Mourinho declarou acreditar que o atleta não estava seriamente machucado e chamou sua equipe médica de "impulsiva e ingênua" em uma entrevista.
Embora o Chelsea não tenha comentado, reportagens da mídia britânica afirmam que depois o técnico expulsou Eva Carneiro do banco, das sessões de treino e do hotel do time.
Mesmo assim, Dvorak afirmou ao canal Sky Sports que apoia totalmente as ações da colega.
Indagado quanto poder decisório o treinador deve ter se um jogador se contundir, Dvorak explicou: "Em termos médicos, no diagnóstico médico, o técnico não tem nada a dizer".
"É nossa lei profissional, e nossa tarefa ética, cuidar da saúde dos jogadores", completou.