ZURIQUE (Reuters) - A Fifa negou nesta terça-feira que o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, ou qualquer outro membro sênior da federação, tenha feito transações bancárias de 10 milhões de dólares que são chave para a investigação de suborno na organização.
Valcke, principal assessor do presidente da Fifa, Joseph Blatter, não teve participação nos pagamentos, que foram autorizados pelo presidente do Comitê de Finanças da Fifa, de acordo com nota da entidade. O presidente do comitê na época dos pagamentos era o argentino Julio Grondona, que morreu no ano passado.
"Nem o secretário-geral Jérôme Valcke ou qualquer outro membro do gerenciamento sênior da Fifa estavam envolvidos na iniciação, aprovação, ou implementação do projeto acima", informou a Fifa.
À medida que novas questões surgiram no escândalo da Fifa, mais autoridades foram presas, suspensas ou banidas na segunda-feira, e alguns países estavam considerando um boicote à Copa do Mundo em meio a polêmica sobre a reeleição de Blatter, na sexta-feira.
Uma fonte próxima à investigação disse na segunda-feira que procuradores norte-americanos acreditam que Valcke realizou as transações bancárias de 10 milhões de dólares.
Valcke seria descrito em uma acusação arquivada em um tribunal federal no Brooklyn, Nova York, como um "alto funcionário da Fifa" não identificado, que em 2008 transferiu a quantia para outra autoridade da Fifa, Jack Warner.
(Por Brian Homewood em Berna)