VANCOUVER (Reuters) - Com o grande escândalo de propinas envolvendo a Fifa, pode não parecer uma boa hora para a entidade máxima do futebol mundial realizar uma Copa do Mundo feminina no Canadá --especialmente depois que as acusações da semana passada atingiram também membros da região do Caribe e da América do Norte.
Mas não parece ser o caso agora. Os ingressos para a competição com duração de um mês e que começa no sábado estão sendo vendidos aos montes, as audiências de TV em todo o mundo devem ser expressivas e os patrocinadores disseram estimar boa exposição de suas marcas.
Algumas jogadoras e ex-jogadoras afirmam, inclusive, que o escândalo, que levou à renúncia de Sepp Blatter do cargo de presidente da Fifa, atrairá mais interesse para a competição das mulheres.
"Nós todos adoramos desastres", disse a ex-jogadora da seleção canadense de futebol Carrie Serwetnkyk. "Eu acho que a Copa do Mundo vai se beneficiar do escândalo. Isso vai levar mais pessoas aos estádios e gerar maior audiência televisiva, pois as pessoas estão curiosas para saber o que acontece com a Fifa."
Uma das atrações da Copa do Mundo feminina é que a Fifa tende a lidar com o torneio de maneira mais "familiar", o que significa que a competição é menos irrigada por grandes quantias de dinheiro se comparada com a edição masculina, portanto menos provável de ser manchada por pagamentos ilícitos e propinas.
A partida inaugural entre Canadá e China em Edmonton deve atrair o maior público (52 mil pessoas) da história de uma seleção canadense contando qualquer esporte, de acordo com a Associação Canadense de Futebol. É algo expresivo para um país geralmente mais obcecado com o hóquei sobre gelo.
(Por Julie Gordon) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150606T191814+0000