Por Brian Homewood
ZURIQUE (Reuters) - O principal investigador do comitê de ética da Fifa recomendou o afastamento vitalício de dois ex-presidentes das federações de futebol do Chile e da Colômbia depois de descobrir indícios de má-conduta nos termos do regulamento da entidade, incluindo propina e corrupção.
O colombiano Luis Bedoya, ex-membro do comitê executivo da Fifa, e o chileno Sergio Jadue já admitiram sua culpa nos Estados Unidos por acusações de conspiração para extorquir e conspiração em fraude eletrônica, de acordo com o Departamento de Justiça norte-americano.
Eles estão entre as mais de três dezenas de dirigentes indiciados nos EUA em um escândalo de corrupção que mergulhou a Fifa na pior crise de seus 111 anos de história.
Nesta quinta-feira, o comitê de ética da Fifa disse que o inquérito de seu investigador-chefe, Cornel Borbely, revelou o que acredita serem violações de seis artigos de seu código de ética, entre eles um a respeito de propina e corrupção.
As outras envolvem artigos sobre conduta geral, lealdade, dever de divulgação, conflitos de interesse e obrigação geral de colaborar.
Não ficou claro se algum dos ex-presidentes irá apelar, nem foi possível entrar em contato com seus advogados de imediato.
Bedoya foi presidente da federação da Colômbia de 2006 até o ano passado, e também foi membro do comitê executivo da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Ele ainda fez parte do comitê executivo da Fifa de 2014 a 2015.
Jadue foi presidente da federação chilena de janeiro de 2011 até novembro, quando renunciou, e também participou do comitê executivo da Conmebol.
(Reportagem adicional de Brenna Hughes Neghaiwi)