MANILA (Reuters) - O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, suspendeu as ações do Exército contra guerrilhas maoístas por um mês, a fim de reduzir as tensões para o Natal e para uma visita do papa Francisco, disse o chefe militar do país nesta segunda-feira.
O cessar-fogo unilateral começará à meia-noite de 18 de dezembro e se encerrará à meia-noite de 19 de janeiro, dia que o papa, líder de mais de 1,2 bilhão de católicos em todo o mundo, deve deixar as Filipinas, disse o general Gregório Catapang.
"A declaração da suspensão de ofensiva militar contra o Exército do Novo Povo vai ressaltar a sinceridade do governo de buscar a paz", disse Catapang em um comunicado.
Será a trégua mais longa para o Natal em três décadas.
Rebeldes comunistas têm lutado para derrubar o governo há 45 anos. O conflito matou mais de 40 mil pessoas e prejudicou o crescimento das áreas rurais do país.
A guerrilha, de 4.000 membros, amplamente baseada em áreas de mineração na ilha de Mindanao, no sul do país, deve declarar uma trégua mais curta para o Natal e Ano Novo.
Operações de policiamento e trabalhos humanitários nas áreas devastadas por um tufão no centro das Filipinas, particularmente na ilha de Samar, onde forças rebeldes estão ativas, continuarão para garantir a segurança, disse Catapang.
O porta-voz militar, coronel Restituto Padilla, disse que a trégua não cobria o grupo militante Abu Sayyaf, nas ilhas remotas de Basilan e Jolo, também no sul do país. Os militantes são conhecidos por sequestrar, atacar com bombas e decapitar reféns.
O papa Francisco deve chegar às Filipinas, de maioria católica, em 15 de janeiro.
(Por Manuel Mogato)