Por Martin Petty e Enrico Dela Cruz
MANILA (Reuters) - O governo das Filipinas prometeu destruir os responsáveis por um ataque a bomba duplo que matou 20 pessoas durante uma missa de domingo no sul do país, seis dias depois que um referendo sobre a autonomia da região de maioria muçulmana teve uma esmagadora maioria pelo "sim".
O ataque, que também feriu 81 pessoas, foi um dos mais letais nos últimos anos em uma região há muito tempo atormentada pela instabilidade.
A primeira explosão ocorreu dentro da catedral da ilha de Jolo, na província de Sulu, e foi seguida por uma segunda explosão do lado de fora detonada quando as forças de segurança chegaram ao local, disseram autoridades.
"Os inimigos do Estado desafiaram a capacidade do governo de garantir a segurança dos cidadãos daquela região", disse Salvador Panelo, porta-voz do presidente filipino, Rodrigo Duterte.
"As Forças Armadas das Filipinas enfrentarão o desafio e esmagarão esses criminosos ímpios".
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade, mas a polícia suspeita que o atentado foi obra do Abu Sayyaf, grupo militante que prometeu lealdade ao Estado Islâmico e é notório por seus ataques.
O secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, chamou o ataque de um "ato de maldade", e fez um apelo à população local para cooperar para "impedir qualquer vitória do terrorismo".
O papa Francisco condenou o ataque. Falando durante visita ao Panamá por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o pontífice expressou sua "firme condenação deste ato de violência que causa mais luto na comunidade cristã".