Por Brendan Pierson
NOVA YORK (Reuters) - O financista norte-americano Jeffrey Epstein permanecerá preso enquanto aguarda julgamento pelas acusações de tráfico sexual de dezenas de jovens menores de idade, determinou um juiz dos Estados Unidos nesta quinta-feira.
O juiz distrital Richard Berman anunciou sua decisão em uma audiência em um tribunal federal em Manhattan, rejeitando o pedido de Epstein para ficar em prisão domiciliar em sua mansão de Nova York, avaliada em 77 milhões de dólares. Epstein tem se declarado inocente.
Promotores tinham argumentado que Epstein deveria permanecer preso tanto por representar um risco à sociedade quanto por haver um alto risco de que ele usasse sua vasta fortuna para fugir do país.
"O governo estabeleceu um perigo a outros e a à comunidade a partir de evidências claras e convincentes", disse Berman na audiência. O juiz disse que emitiria uma arguição escrita explicando sua decisão com mais detalhes ainda nesta quinta-feira.
O juiz também marcou uma audiência sobre o caso para 31 de julho.
O círculo social de Epstein ao longo dos anos incluiu Donald Trump, antes de se tornar presidente dos EUA, o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe britânico Andrew.
Epstein é acusado de fazer arranjos para garotas menores de 18 anos realizarem massagens nuas e outros atos sexuais, e de pagar para algumas garotas recrutarem outras, desde ao menos 2002 até 2005.
Promotores disseram que uma busca na casa de Epstein no Upper East Side revelou centenas ou milhares de fotografias de mulheres nuas, algumas delas menores, além de dinheiro, diamante e peças valiosas de arte.
Epstein está sendo mantido preso no Centro Correcional Metropolitano, uma cadeia similar a um forte que é criticada por detentos e advogados por suas condições severas.