Calendário Econômico: Inflação no Brasil, EUA dá tom em semana de balanços na B3
Investing.com — A Fitch Ratings manteve o rating de Emissor de Inadimplência de Longo Prazo em Moeda Estrangeira (IDR) de Angola em ’B-’ e confirmou uma perspectiva estável. A classificação reflete um equilíbrio entre indicadores fracos de governança, inflação elevada, alta dívida governamental denominada em moeda estrangeira e extrema dependência de commodities, compensados por maiores reservas internacionais e superávits em conta corrente.
Espera-se que os IDRs de Angola apresentem superávits em conta corrente de 1,3% do PIB em 2025 e 2026, uma diminuição em relação aos 5,5% em 2024. Esta redução deve-se principalmente à queda nas exportações de petróleo bruto, com preços médios anuais do Brent previstos em US$ 65 por barril em 2025 e 2026, abaixo dos US$ 79,5 por barril em 2024. Também é projetado um ligeiro declínio na produção doméstica de petróleo para 1,07 milhão de barris por dia, abaixo dos 1,1 milhão de barris por dia em 2024.
As reservas internacionais de Angola devem fornecer um importante amortecedor de financiamento externo, apesar de diminuírem de US$ 15,8 bilhões no final de 2024 para US$ 14,5 bilhões em 2025 e US$ 14,0 bilhões em 2026. Este declínio reflete o alto serviço da dívida externa pelo governo, mas o índice de liquidez externa do país permanecerá próximo a 110%, ligeiramente abaixo da mediana ’B’ de 130%. As reservas internacionais cobrirão cerca de seis meses de pagamentos externos correntes, acima da mediana ’B’ de aproximadamente 4,5 meses.
A dívida do governo como percentagem do PIB caiu acentuadamente para 54,6% no final de 2024, de 70,7% em 2023, em grande parte devido a superávits primários, forte crescimento nominal do PIB e pagamentos líquidos de dívida externa de US$ 1,9 bilhão. A Fitch prevê que a relação dívida/PIB de Angola cairá para 48,1% no final de 2026, refletindo superávits orçamentários primários e continuação do forte crescimento nominal do PIB, apesar de maior depreciação da taxa de câmbio.
A Fitch espera que os déficits fiscais de Angola sejam de 2,4% do PIB em 2025 e 2,3% em 2026, principalmente devido a uma diminuição na receita do governo impulsionada por preços mais baixos do petróleo. Pressões de gastos associadas à comemoração dos 50 anos de independência de Angola em 2025 e às eleições gerais em 2027 impedirão um ajuste fiscal mais forte.
A Fitch prevê que as amortizações externas de Angola permanecerão elevadas em US$ 6,5 bilhões em 2025, acima dos US$ 6,0 bilhões em 2024, e cairão para US$ 5,2 bilhões em 2026. Apesar de alguma dependência de financiamento externo de curto prazo, espera-se que as necessidades brutas de financiamento sejam atendidas através de desembolsos do Banco Mundial, do Banco Africano de Desenvolvimento e linhas de financiamento de agências de crédito à exportação, bem como emissões no mercado doméstico.
Espera-se que o crescimento real do PIB desacelere para 2,8% em 2025 e 3,0% em 2026, abaixo dos 4,4% em 2024, devido à menor produção e receita de petróleo e política monetária restritiva. A inflação está prevista para uma média de 20% em 2025 e 16% em 2026, abaixo dos 28% em 2024, mas ainda bem acima da mediana ’B’ de aproximadamente 4%.
A classificação poderia ser rebaixada se houver aumento das pressões de liquidez externa devido a uma queda adicional nos preços do petróleo ou redução do acesso ao financiamento externo, levando a um declínio acentuado nas reservas internacionais, ou um aumento significativo na dívida do governo/PIB devido a um alargamento do déficit fiscal. Por outro lado, a classificação poderia ser elevada se houver uma redução acentuada nos riscos de refinanciamento externo e uma melhoria na sustentabilidade da dívida pública e externa.
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