BEIRUTE (Reuters) - Forças sírias conduziram os ataques mais violentes contra o reduto rebelde de Jobar, em Damasco, desde o início da guerra civil que já dura três anos, realizando ao menos 27 ataques aéreos nesta terça-feira e matando uma criança, de acordo com ativistas e grupos de direitos humanos.
O governo tenta retomar Jobar após reaver diversas áreas controladas por rebeldes em torno do centro da capital, incluindo a cidade de Mleiha, na periferia de Damasco, em 14 de agosto.
Jobar foi invadida por rebeldes armados há mais de um ano, e desde então a área tem sido alvo de contínuos bombardeios por parte do governo, que lança mísseis a partir do centro de Damasco.
A TV estatal disse que o Exército ganhou terreno em Jobar, localizado na periferia leste de Damasco, e transmitiu imagens de escombros e túneis que seriam usados pelos rebeldes.
As imagens também mostraram múltiplas explosões e nuvens de fumaça saindo de edifícios parcialmente destruídos.
Ativistas contrários a Assad baseados em Jobar disseram que o distrito foi alvo de intensos bombardeios por terra e ar durante dias, culminando nesta terça-feira.
Um dos ativistas em Jobar disse ter visto três irmãos feridos por estilhaços, um dos quais veio depois a morrer.
"Estilhaços atingiram os irmãos mais novo e mais velho, de 8 e 14 anos, ferindo-os nas pernas. O irmão do meio, Adel Shaaban, que tinha 11 anos, foi atingido na cabeça e morreu", disse ele à Reuters por meio do Skype.
Moradores no centro de Damasco, a menos de 20 minutos de carro de Jobar, disseram ter escutado o barulho de aviões de guerra e incomuns e intensos bombardeios por vários dias.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que coleta informações de todos os lados envolvidos no conflito e verifica as vítimas pelo nome, disse que vários feridos foram relatados em decorrência do confronto em Jobar.
(Reportagem da Redação de Beirute)