CAIRO (Reuters) - Um ataque aéreo militar matou 27 militantes islâmicos na parte norte do Sinai, no Egito, nesta-sexta feira, em uma das maiores operações na região em meses, afirmam fontes da segurança.
Helicópteros Apache miraram em militantes do grupo Sinai Province, que é aliado ao Estado Islâmico, formado por extremistas que se espalham por faixas do Iraque e Síria, afirmam as fontes.
O grupo Sinai Province, lutando para derrubar o governo de Cairo, se responsabilizou por ataques coordenados que mataram mais de 30 membros das Forças de Segurança no começo de janeiro.
Após o derramamento de sangue, o presidente Abdel Fattah al-Sisi disse aos egípcios que o país enfrentou uma longa e forte luta contra militantes.
Militantes com base no Sinai mataram centenas de soldados e policiais, até então chefe do Exército, Sisi derrubou o presidente Mohamed Mursi da Irmandade Muçulmana em 2013, após protestos em massa contra seu governo.
Uma repressão deflagrada contra os aliados da Irmandade - centenas foram mortos nas ruas e milhares presos - enfraqueceu o grupo.
Nesta sexta-feira, adeptos da Irmandade e forças de segurança entraram em confronto em Matariya, arredores de Cairo, reportou a agência estatal de notícias.
Dezoito pessoas foram mortas em um reduto da Irmandade durante a celebração de 25 de janeiro do começo do levante em 2011, que depôs Hosni Mubarak.
Autoridades egípcias também prenderam ativistas liberais, incluindo alguns que ganharam notoriedade no levante popular de 2011, com acusações de violação da lei que veta protestos.
(Por Michael Georgy)