MOSUL/ERBIL, Iraque (Reuters) - Forças iraquianas entraram em confronto nesta sexta-feira ao longo de duas ruas que se encontram no coração da cidade antiga de Mosul, e informaram ter objetivo de abrir rotas para civis deixarem o último posto do Estado Islâmico no local.
Unidades de combate urbano treinadas pelos Estados Unidos estão liderando a luta no labirinto de estreitas vielas da cidade antiga, último distrito nas mãos dos insurgentes islâmicos sunitas.
Autoridades iraquianas esperam declarar vitória na cidade no norte do Iraque no feriado muçulmano do Eid, que marca o fim do mês de jejuns do Ramadã, durante os próximos dias.
Analistas militares dizem que o avanço de tropas do governo irá ganhar ritmo após combatentes do Estado Islâmico explodirem na quarta-feira a mesquita de al-Nuri, de 850 anos, e seu famoso minarete inclinado.
A destruição dá a tropas maior liberdade no ataque, à medida que não precisam mais se preocupar em danificar o local.
Foi na mesquita de al-Nuri que o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou um “califado” sobre partes do Iraque e Síria há três anos.
Uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos está fornecendo apoio aéreo e em solo na ofensiva de oito meses para afastar militantes de sua capital de facto no Iraque.
Jornalistas da Reuters em Mosul viram algumas pessoas feridas e algumas foram carregadas em veículos do Exército para posições onde receberam bananas, biscoitos e água.
Mais de 100 mil civis, dos quais metade são crianças, estão presos em casas em ruínas na cidade antiga, com pouca comida, água ou tratamento médico.
(Por Sergei Karazy e Maher Chmaytelli)