ÁDEN (Reuters) - Forças do governo do Iêmen e seus aliados dos Emirados Árabes Unidos retomaram da Al Qaeda o controle do maior terminal de exportação de petróleo do país nesta segunda-feira, disseram autoridades de segurança, um dia depois de expulsarem os militantes de seu bastião nas proximidades.
O avanço relâmpago é uma mudança de estratégia das forças da coalizão liderada pela Arábia Saudita, que há mais de um ano vem concentrando seu poder de fogo nos houthis, etnia que tem apoio do Irã e que tomou a capital Sanaa e forçou o governo a se exilar no exterior.
A guerra civil já matou mais de 6.200 pessoas, forçou a fuga de mais de 2,5 milhões e causou uma catástrofe humanitária em um dos países mais pobres do mundo.
Um cessar-fogo frágil entre as forças da coalizão e os houthis está em vigor desde 10 de abril.
Em 48 horas, a coalizão privou os militantes islâmicos de um lucrativo mini-Estado que construíram ao longo de um ano sediado em Mukalla, cidade portuária do sudoeste iemenita.
Cerca de 80 por cento das modestas reservas de petróleo do Iêmen foram exportadas nos tempos de paz a partir do terminal de Ash Shihr, 68 quilômetros ao leste ao longo da costa de Mukalla, que estava fechado desde que a guerra começou e a Al Qaeda ocupou a área.
(Por Mohammed Mukhashaf)