PARIS (Reuters) - A França vai intervir se um jihadista francês for condenado à morte no Iraque ou na Síria, disse neste domingo o ministro da Justiça do país, Nicole Belloubet.
A possibilidade de uma condenação surgiu após um tribunal iraquiano sentenciar à morte nesta semana uma alemã de origem marroquina por associação ao Estado Islâmico.
A União Europeia possui há tempos políticas contrárias à pena de morte, e todos seus países membros já abandonaram a prática.
Questionado em uma entrevista na televisão neste domingo sobre como a França reagiria se um jihadista francês for condenado à morte, Belloubet disse: "O Estado francês vai intervir, negociando com o outro Estado em questão."
Quaisquer negociações do tipo poderiam envolver pedidos de extradição, embora Belloubet tenha enfatizado que situações como essa serão analisadas caso a caso.
O procurador público francês Francois Molins disse neste mês que existe uma estimativa de que 676 cidadãos franceses, incluindo 295 mulheres, estejam na região do Iraque e da Síria.
A França segue em elevado estado de alerta desde uma onda de ataques conduzidos ou inspirados por militantes do Estado Islâmico no país em 2015 e 2016, que mataram mais de 200 pessoas.
(Por Sophie Louet)