Investing.com - As cotações do petróleo caíam nesta segunda-feira, em meio a renovadas dúvidas sobre a perspectiva de reversões tarifárias na prolongada guerra comercial EUA-China, enquanto as preocupações com excesso de oferta também pesavam sobre os investidores.
O petróleo bruto dos EUA caía US$0,60, ou 1%, a US$ 56,61 por barril, às 10h32 (horário de Brasília), tendo subido 1,9% na semana passada.
O valor de referência global Brent crú caiu US$0,46, ou 0,7%, para US$ 62,05 por barril. O contrato subía 1,3% na semana passada.
O otimismo em relação a um possível acordo comercial desapareceu depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou na sexta-feira que não concordou em reverter as tarifas dos EUA solicitadas pela China.
Trump disse que houve informações incorretas sobre a disposição dos EUA de aumentar as tarifas como parte de um acordo de "fase um", cujas notícias impulsionaram os mercados.
Somando-se à incerteza, Trump no fim de semana disse que as negociações com a China estavam avançando "muito bem", mas só faria um acordo se fosse o acordo vantajoso para os EUA.
A guerra comercial de 16 meses entre as duas maiores economias do mundo agiu como um empecilho ao crescimento global e levou os analistas a reduzir as previsões para a demanda de petróleo, levantando preocupações de que um excesso de oferta possa se desenvolver em 2020.
Os números do fim de semana mostraram que os preços ao produtor da China caíam teve a maior queda em mais de três anos em outubro, à medida que o setor manufatureiro se enfraquecia, sublinhando as preocupações com as consequências econômicas do conflito.
Os traders de energia também estão preocupados com o excesso de oferta de petróleo, disseram analistas.
As perspectivas do mercado de petróleo para o próximo ano podem ter um potencial positivo, disse o secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, na semana passada, sugerindo que não há necessidade de reduzir ainda mais a produção.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados liderados pela Rússia se reúnem no início de dezembro. Desde janeiro, a chamada aliança OPEP + reduziu a produção em 1,2 milhão de barris por dia, segundo um acordo que deve durar até março de 2020.
— Reuters contribuiu para este artigo